domingo, 30 de outubro de 2011

Lenda do Orixá Xangô

Xangô
Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo. É um Orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém, justiceiro. Costuma se dizer que Xangô castiga os mentirosos, os ladrões, os malfeitores. Seu símbolo principal é o machado de dois gumes, e a balança, símbolo da justiça. Tudo que se refere a estudos, a justiça, demandas judiciais, ao direito, contratos; pertencem a Xangô.

Ambicioso, chega ao poder destronando seu meio irmão Ajaka . Passa então a reinar com autoritarismo e tirania, não admitindo que suas atitudes fossem contestadas, o que possivelmente levou-o a cometer injustiças em suas decisões. Usa o poder do fogo como símbolo de respeito. Galante e sedutor, desperta a paixão de Obá, a primeira de suas três esposas. Depois vieram Oxum e Oyá.

Embora de tendências suicidas, não chega a se matar, porque Oyá, percebendo suas intenções, intercede junto a Olodumaré e consegue livrá-lo da morte, transformando-o em divindade.

ARQUÉTIPOS

Eloqüentes, sociáveis e bons ouvintes. Mas gostam sempre de dar a última palavra, mostrando também sua autoridade .Contraditórios, são aristocráticos e libertinos, infiéis em seus relacionamentos, mas conseguem estabelecer amizade duradoura. Volúveis, esquecem rapidamente as paixões passadas, estando sempre envolvidos em novas aventuras. E a paixão atual é sempre a maior, a única, a verdadeira...

São amados com a mesma facilidade que são odiados. Tem o poder de cativar as pessoas, causando inveja por onde passa.

LENDAS

Xangô era rei de Oyó, terra de seu pai. Sua mãe era da cidade de Empê, no território de tapa, por isso não era considerado filho legítimo da cidade. A cada comentário maldoso, Xangô cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu Oxé, um machado de duas pontas, que tornava cada vez mais forte e astuto, onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse. Para continuar seu reinado, Xangô defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar seu próprio irmão, Dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestígio conquistado, Xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de Kossô , para viver com suas três esposas: Oyá (amiga e guerreira), Oxum (vaidosa e faceira) e Obá (amorosa e prestativa). Para prosseguir com suas conquistas, Xangô pediu ao Babalaô de Oyó um feitiço para aumentar seus poderes; este lhe entregou uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Curioso, Xangô contou a Oyá o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Xangô afundou terra adentro, retornando ao Orum.

Oferenda: ensopado de carne de peito de gado com mostarda, 06 bananas, 01 maça, pirão d´água, tudo arranjado dentro de uma gamela de madeira.

Local de entrega: Pedreiras de praia, pedreiras de mato.

Domínio: Responde no Mato com Oyá e Oba, por demandas, eguns, carregos.

Responde do Cemitério com Iansã, por demandas, eguns, cargas, malefícios.

Responde na pedreira com Oxum e Iansã, por dinheiro, justiça, negócios e equilíbrio.

Orixá da justiça, muito invocado, para resolvermos, problemas trabalhistas, ações da justiça, cobranças monetárias, cobranças de todo tipo de dívida, usado também, para se retirar eguns, axés de miséria e desequilíbrio mental (junto com Yemanjá).

Dono do acordo, muito requisitado também para promover negócios, acordos, acertos, empreendimentos, vendas. Orixá temido e respeitado por todos

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