domingo, 29 de janeiro de 2012

O nome Iansã.

Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger.

É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que controla os ventos.

Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade que é uma das representações do Orixá do Fogo.

Assim como a Orixá Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Osanha uma espécie de erukerê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns.

Oyá é a terceira Deusa de temperamento mais agressivo, sendo que a primeira é Opará e Obá é a segunda.

O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã = A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer.

Os nove céus são:

Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.

Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.

Orun Bàbá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.

Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.

Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.

Orun Àpáàdì. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.

Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.

Orun Burúkú. Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas más.

Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados.

Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô o Orixá dos trovões, raios e tempestades pedindo clemência.
Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.

Axé.

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