Iansã é Orixá de um rio, conhecido como Níger. Orixá dos ventos, raios e tempestades, também guerreira. Ágil e agitada como o próprio vento.
Extrovertida e sensual como poucas. Senhora absoluta dos eguns, além de esposa predileta de Xangô, divide com ele o domínio sobre as tempestades.
Destemida, justiceira e guerreira, não teme a nada.
Arquétipos:
Gosta de objetos de adornos, principalmente as bijuterias e o cobre.
Pessoa extrovertida, franca , amante da natureza, engraçada, revela ambição e temperamento forte. São guerreiras e comunicativas. Maníacos por viagens, honestos com modos seguros, deixando os outros em desvantagem. Em geral, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias, sensuais e volúveis. Quando negativas, tendem a ter depressão, inquietude e ciúmes em excesso.
Lendas
Antes de tornar esposa de Xangô, Iansã tinha vivido com Ogum. Encantada com a beleza de Xangô, Iansã decidiu abandonar Ogum e fugir com seu amante. Ogum enfurecido, resolveu enfrentar o seu rival. Mas este último foi a procura de Olodumaré , o deus supremo, para lhe confessar que havia ofendido a Ogum. Olodumaré , interveio junto ao amante traído e recomendou-lhe que perdoasse a ofensa, dizendo você é mais velho que Xangô, devem reservar a sua dignidade junto aos demais Orixás, portanto, não deve se aborrecer nem brigar, deve renunciar a Iansã sem rancores. Mas Ogum não aceitou o pedido de Olodumaré e passou a perseguir os fugitivos, chegando a trocar golpes com Iansã, que foi dividida em nove partes.
Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre. Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro. Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher ate que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte. Quando anoiteceu, ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo (pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal), Iansã foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibí-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa. Chegando em casa, Ogum explicou suas outras esposas que Iansã iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto Ogum saía para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa. Desse casamento nasceram nove crianças, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã. Depois que Ogum dormiu as mulheres foram insulta-las , dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro. Iansã encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos. Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo bater as duas pontas; Com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente.
Outra lenda conta que Iansã vivia feliz com ogum, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Iansã aprendeu a andar pela Terra. Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu ofício de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Iansã pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear. Um dia, ogum a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma. Mas ogum não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Iansã adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por ele. Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar ogum, pois precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença. Ogum, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço. Xangô também notou a presença de Iansã, sentindo uma grande atração por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como ogum . Iansã estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar ogum, a quem respeitava muito. Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma união perfeita. Quando ogum terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre. Partiu atrás deles para vingar sua desonra! Iansã estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra. Ogum estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Iansã, em defesa própria, também o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e ogum em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos.
Oferendas: pipocas, maçã, batata doce frita, batata doce assada, rosa vermelha, bandeja enfeita com papel vermelho e branco.
Local de entrega: cruzeiro, mata, cruzeiro de mata, cemitério.
Domínio: responde pelas alianças de qualquer tipo (casamento, acordos, contratos), pela casa de moradia, comércios, dona do giro, do movimento, do sexo.
Responde:
No cruzeiro com Bará e Ogum, pelas demandas, aberturas e movimento.
No mato com ogum e Xapanã , pelas demandas e descarregos e eguns .
No cemitério com Xapanã , pelo carrego, eguns e
Na pedreira com Xangô, pelo movimento, negócios, demandas, vitórias.
Na Praia com Oxalá, pelas novidades e descobertas.
Iansã é um dos Orixás mais venerados dentro do panteão africano, pois a invocamos muito, para abrir nossos caminhos, para nos tirar de intrigas, para nos dar emprego, para nos dar uma casa, para dar movimento a nossa vida, para dar movimento ao nosso comércio, para nos livras de forças negativas, para nos melhorar sexualmente, para nos tornar mais atraentes, para encontros, casamentos, etc..
REZA DO ORIXÁ IANSÃ - OYÁ
Oiá madê oário acarao oi jacoló
Responder: Oiá madê oário acarao oi jacoló
Oi ucadeo oiá docô oi jocoló
Responder: Oiá madê oário acarao oi jacoló
Oberece manicéo
Responder: Oia docô obecéo
Osonireo oberece cari de Ogum
Responder: Osonireo oberece cari de Ogum
Oberece cari de Ogum oanireu eoateuá
Responder: Oberece cari de Ogum oanireu eoateuá
Ogum oiá mauerutê
Responder: Obecéo oro corô
Ogum onira eloatauô
Responder: Ario onira obecéo
Ogum onira eloatomio
Responder: Ario onira obecéo
Eloatauao
Responder: Ario onira obecéo
Eloatomio
Responder: Ario onira obecéo
Amaia maia maia jarô jarô amaia omocepéo jarô jarô
Responder: Amaia maia maia jarô jarô amaia omocepéo jarô jarô
Ogum méla méla deu
Responder: Aliança é de loiá
Oiá calulu Iansã cenin ebó
Responder: Oiá calulu oiá cenin ebó
Ogum siribó paco taco maraçó Ogum siribó paco taco maracó Ogum siribó orixá oriocô
Responder: Ogum siribó paco taco maraçó Ogum siribó paco taco maracó Ogum siribó orixá oriocô
Ogum Ogum siribó
Responder: Orixá oriocô
Iansã Ogum siribó
Responder: Orixá oriocô
Aliança é deloiá paliança aquilodá
Responder: Aliança é deloiá paliança aquilodá
Aliança é deloiá aliança é deloiá aliança é deloiá é orumalé emodibau
Responder: Aliança é deloiá aliança é deloiá aliança é deloiá é orumalé emodibau
Aliança e deloiá parananfo aquilojá
Responder: Aliança e deloiá parananfo aquilojá
Obiaodoa oiadê obiaodoa oiadê eleuará epê obiaidia oiadê
Responder: Obiaodoa oiadê obiaodoa oiadê eleuará epê obiaidia oiadê
Açageuae
Responder: Adeuae
Açageuemi
Responder: Adeuae
Oidoni Totô Iansã adupê Odocoo Marejo
Responder: Oidoni Totô Iansã adupê Odocoo Marejo
Ogum Laçapadô Iansã
Responder: Ococô Minhanhã Oiá
Ogum lepafune
Responder: Epa
Ogum elebará
Responder: Epa
Iansã com Ogum
Responder: Epa
Ogum com Iansã
Responder: Epa
Beléu eléu eléu elisô
Responder: Beléu eléu eléu elisô
Oiarebete
Responder: Arepê
Onicororô oquibiloiará aminilaba loquiloiá
Responder: Onicororô oquibiloiará aminilaba loquiloiá
Écodoéco onicorô
Responder: Oiadocô oianiqué
Oia e eae
Responder: Oia e eae
Fará Ogum fará Ogum fará daumiceró eró
Responder: Fará Ogum fará Ogum fará daumiceró eró
Ogum alaie
Responder: Fará Ogum fará
Oloire é para amao oloiré é paratô
Responder: Oloire é para amao oloiré é paratô
Erundê aoiadocô eró
Responder: Erundê aoiadocô eró
Oiadocô
Responder: Eró eró
JEJE
Obilaia obilaia
Responder: Oiá maque quere
Xangô Loiá
Responder: Oquere quere ouquese
Xangô Iansã
Responder: Oquere quere ouese
Oiá oiá oiá nogodô oiá nigodô sapata nigodô
Responder: Oiá oiá oiá nogodô oiá nigodô sapata nigodô
Xangô Baí oiá Docô Aganjú cabecile Xangô Baí
Responder: Xangô Baí oiá Docô Aganjú cabecile Xangô Baí
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