terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Que são Candomblé e Batuque?

Afinal, qual é a diferença ?

Inicialmente, iremos dar a definição de cada uma, para depois mostrar as diferenças de rituais de ambas.

KANDOMBE - Na África, a princípio é um ritmo, antiga dança dos primitivos africanos. Esta, trazida pelos descendentes de Kam ao nosso País. Aqui, se tornando escravos, e sendo, por eles, dançadas nas fazendas, a princípio sem sentido religioso, realizando um a espécie de batucada o batuque, bem no estilo do Batukàjé (batuque) africano, já levando para um futuro sentido de um ritual religioso.
A palavra Kandombe = ( Ka = costume; Kan = filho de Noé, que deu a origem aos Kamitas; ndombe = preto ( costume dos pretos). Que mais tarde, devido, a influência do Espanhol e Português passou a se chamar de “Candomblé” e, passando ser nome de uma “linhagem religiosa.”

Hoje, no Brasil, é o nome dado, principalmente na Bahia aos ritos cerimoniais africanos. E representa, para seus filhos ou adeptos, as tradições dos avós e bisavôs vindos de um País longíguo. Foi mantido as tradições a duras penas, inclusive por causa de outras religiões ou rituais indígenas, sofrendo perseguições, descriminações e com grandes dificuldades para se manterem íntegras e, ainda, tendo por obrigação imposta ajudarem as de seus Senhores.

Hoje, agradecemos, aos negros escravos, após libertados conservarem, no Brasil, a sua origem africana e não tenham procurado uma outra forma de ascensão social, e renegando definitivamente a segundo plano suas tradições, é por isso, que devemos mais uma vez, agradecer aos velhos africanos, conservar essa religião primitiva; descendente de Noé e através de seu filho Kam, existir até os dias de hoje.

Na origem desta religião, é que o negro africano ou seus rituais, não podem excluir outras raças, como: a branca, a vermelha ou amarela; porque, essa religião primitiva transcende a África. O africano teve sim e têm o mérito de conservar até os dias de hoje. Porque! Olorun (Deus) e Orixás, não possui e nem têm cor e sim energia, “(É a energia emanada em toda a natureza).

BATUKÀJÉ (Batuque) = Na África, qualquer ritmo ou dança mágica, acompanhada com vários instrumentos de percussão, entre alguns: Ilus, bámbám (tacos de madeira ou tubos de bambu), réco-réco, catracas, asere, etc... Batukàjé = (batu = ritmo; ka = vem de Kam, filho de Noé; àjé = feiticeiro), dando à origem da palavra em Português de BATUQUE, também sendo uma linhagem religiosa, cultuada no sul do País (Brasil).

Então, ambas, são sinônimos e com a mesma origem africana, e o mesmo Fundamento, só que, com rituais diferentes. Mas, com certeza, nenhum é melhor do que o outro, é questão de conceitos de um para o outro. Por exemplo: No Candomblé, as pessoas sabem que recebem Orixás, e na apresentação no bàsá(salão); é escolhido pelo Sacerdote do Ilê, o Orixá, para realizar sua apresentação individual no bàsá; dizem: que normalmente, é aquele filho(a) que mais ajuda, prestando ajuda pessoal ou financeira ao Sacerdote ou ao Ilê. É um ritual que não existe julgamento da “mão do Feitor” nem tão pouco da Obrigação. Assemelhando a Umbanda do Rio Grande do Sul. Mas, só que, o Candomblé conserva o folclore dos rituais africanos.

Muitos anos, após abolição da escravatura, houve um intercâmbio cultural Brasil África, onde muitos negros adeptos a Religião, foram até a África em busca de conhecimentos, principalmente no que se refere a rituais e um aperfeiçoamento do idioma Yorùbá. Neste sentido, o Estado da Bahia tomaram a dianteira, bem como, logo em seguida o Estado do Rio de Janeiro. Com relação aos outros Estados, não houve esses conhecimentos e aperfeiçoamentos, se baseando, somente, no conhecimento dos velhos africanos escravos, e com passar dos tempos se perderam alguns rituais. Mas, hoje, com a liberdade dos cultos e de expressão e mais a tecnologia avançada estamos resgatando certos rituais e conhecimentos perdidos.
Assim temos: Candomblé(Kandombe) de Ijesà; Keto; Jèje, etc... Assim como: Batuque(Batukàjé) Nação de Oyó; Nação de Ijesà; Nação de Cabinda, e outras.

Batuque(Batukàjé), no Rio Grande do Sul, impõe rituais mais rigoroso aos seus adeptos. Seus adeptos não podem saber que recebem Orixás e nem comentar sobre Orixás de outrem. Em certos rituais, quando tiver quatro pés, têm que passar pelo Emissò Kássum - julgamento, roda humana que possui quatro pés ou patas (Balança), ou seja, julgamento desde a mão do Feitor, bem como, da Obrigação que esta sendo realizada.

Interessante observar que o ritual do Batuque coloca qualquer Pai ou Mãe de Santo em situações muito difíceis, devido ao seu rigor, porque tudo é julgado na presença do público e adeptos da Religião. Após a o Emissò Kássum (Balança), o bàsá(salão) fica repleto de Orixás, um cosmo representando a natureza, vêem para agradecer tudo o que foi feito à Eles.

Todos (os que têm, a liberdade de fala) tendo a liberdade através dos orins de agradecer ou homenagear.

Assim como: As línguas ou idiomas, temos do povo Nagô = Yorùbá; Ewe-Fon que pertence ao Jèje e no RGS. é desconhecida. Bantu, que ainda é utilizada em algumas coisas na Umbanda, no caso de Nações de Congo ou Angola.

Resumindo: Todos se identificam no Candomblé(Kandombe) ou Batuque(Batukàjé), porque, o “Fundamento” é um só, os vários “Rituais” é que diferem de um para outro, ou seja, de uma Nação para outra. O que causa polêmica são os Rituais e não o Fundamento Religioso.

Axé a todos.

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