sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Religião Africana no Brasil

Conforme a história nos revela, que entre os séculos XVI e XIX, atracaram em nossos portos, os navios negreiros que trouxeram muitos mais do que negros trabalhadores para serem escravizados.

No porões dos navios, veio também uma religião. Considerada demoníaca, perseguida, discriminada (até os dias de hoje) e com nomes pejorativos, dados como “batucàjé” que mais tarde passou a se chamar de “Batuque”, bem como, “bati-couro” e feiticeiros, isto era considerado até por volta dos anos de l965 e hoje se transforma numa das Religiões mais populares do País.

Com ritmo forte e com o nome correto, deste ritmo, ou seja, Kandombe (Candomblé, do Espanhol) e o Batucàjé (do africano para o português batuque). Sendo que os mesmos, serviram de base para várias músicas populares Brasileiras.

Embora, não seja, mais necessário disfarçar o Culto aos Orixás e nem permanecer na obscuridade as reuniões mas, ainda existe descriminações, porque, na realidade o povo ainda não aprendeu a distinguir o que é Nação, Candomblé, Umbanda e Quimbanda; sendo cultos e doutrinas bem diferentes, embora as duas últimas se originaram das duas primeiras.

As Nações e o Candomblé têm como base a natureza e visa a ensinar como se proteger contra situações naturais e sobre-naturais, dando aos seus adeptos segurança.

A Umbanda, fundamenta-se: “Uma, trina e septenariamente.” Definição: Definiríamos a Umbanda como: “O conjunto dos conceitos e processos de ordem filosófica, científica e religiosa, com a finalidade de evolução material e espiritual das forças intrínsecas e extrínsecas que regem o homem”.

A Umbanda, são os vários cultos africanos se amalgamaram a princípio, entre si, e depois com as religiões brancas: Catolicismo, ameríndio-caboclo e espiritismo.

Nesta mistura obtemos o seguinte: Nações e outras Linhagens; de origem Nagô ou Bantus; Mulçumi(Árabe); Ameríndio: Espírita; Católico. “A Umbanda”, não deixa de ser uma grande mistura de religiões e de conceitos. Tendo semelhança com o próprio sangue e cor do brasileiro.

Mas, dentro da Umbanda temos a Quimbanda, onde antigamente, encontrávamos um Exu escravo de Caboclo e de Orixás, humilde e trabalhador. Nos últimos quinze anos, criaram uma entidade Exu, dando à Ele, a mesma igualdade de poder e força dos Caboclos e Orixás. Dentro da teologia, isto é, impossível.

Afinal, qual é a origem da palavra Exu? Para isto, pesquisei a Bíblia, como também, alguns escritores renomados no assunto, citando nomes de alguns: Aluízio Fontenelle, onde diz: Cuidado com o Povo de Exu, porque ele tanto serve para o bem, como serve para o mal. O teu destino está em tuas próprias mãos. Acerca-te dos bons elementos e nada sofrerás. O mal que praticares voltará para ti, pela lei do “retorno”, que nada mais representa do que o julgamento dos teus próprios atos. E diz ainda: Nunca te iludas, com a Entidade Exu, porque é cínico e não dá segurança à ninguém.

Por experiência própria, pude observar que tudo depende da feitura do exu, tudo depende da formação que este exu receberá por seu feitor.

Conheço pessoas que seu exu lhe protegeu, inclusive da morte.

Eu mesmo já recebi a proteção de um Exu, que não era meu, mas de uma pessoa que considero como irmão. Exu que merece todo meu respeito.

Numa viagem para visitar esta pessoa, quando saindo de Porto Alegre, senti a presença de alguém sentado no banco de trás do carro, e chegando a meu destino, ao adentrar na residência desta pessoa, que imediatamente reconheceu o seu próprio Exu "Véio Sete", como carinhosamente o chamamos, e disse-me "ele viajou contigo para evitar um possivel acidente". Muito obrigado.

Laroie Exu

Axé a todos.

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