sexta-feira, 13 de abril de 2012

Esu (Exu) no Brasil.

 

No Brasil, por influência do cristianismo, esta magnífica entidade foi comparada ao diabo e, deste sincretismo, criou-se a imagem de Exú provida de rabo e chifres, portando tridentes e por vezes dotado de asas como as dos morcegos.

Nas práticas umbandistas encontramos um outro tipo de manifestação de espíritos aos quais, talvez por influência do sincretismo com o Diabo, convencionou-se dar o nome de Exú.

Estas entidades, que se apresentam sob diversas denominações tais como, Marabô, Tranca-Ruas, Veludo, Caveira, Pomba Gira, Maria Padilha, Molambo, etc., são na verdade, eguns, que se manifestam em seus médiuns para cumprirem as missões que lhes foram impostas, como também a outras que se identificam como pretos velhos, caboclos, boiadeiros, ciganos, etc.

É necessário que se saiba a diferença entre Exú-Orixá e estes outros tipos de entidades, que não se encontram na mesma categoria hierárquica e que devem ser tratados e reverenciados de forma diferente e específica, mas que, independente de não serem Orixás, possuem força e poder para resolverem problemas e prestarem auxílio a tantos quantos a eles recorram.

O fato de Exu ser sincretizado com o diabo, não serve, no entanto, de motivo para que cause grande terror entre os adeptos que sabem que, uma vez tratado convenientemente, servirá de protetor, trabalhando para o bem.

Todavia, o sincretismo faz com que poucas pessoas sejam consagradas a este Orixá.
Suas oferendas são, geralmente, entregues nas encruzilhadas e gosta de comer galos e bodes, de preferência pretos, assim como farofas de dendê e outros pratos cozidos com este óleo, embora se saiba que Exu come de tudo, com exceção de um óleo denominado àdi, extraído dos cocos existentes dentro dos caroços de dendê.

Exu aprecia ainda, oferendas com postas de bebidas alcoólicas e charutos.
No Brasil, seu colar é composto de contas pretas e vermelhas alternadas uma a uma ou de sete em sete.

Assim como na África, suas oferendas são entregues antes de qualquer Orixá, e, antes de cada festa ritualística é preceituado numa cerimônia denominada "padê" termo que, em yoruba, significa "reunião".

Na Bahia afirma-se existirem 21 Exus dos quais destacamos os seguintes:
Exu Alaketu, Exu Láàlú, Exu Ijelu, Exu Àkesán, Exu Lonan, Exu Agbô, Exu Barabô, Exu Inan, Exu Tiriri e Exu Odara.

Àse gbogbo.

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