domingo, 1 de abril de 2012

A Quaresma.


A Quaresma

Tendo adotado o festival pagão da primavera do Ishtar ou Páscoa na Igreja, naturalmente foi adotado também o antigo costume do “jejum” que precede o festival da primavera. Este período de quarenta dias antes da Páscoa é conhecido como “Quaresma”.

Em épocas passadas, nestes quarenta dias eram levados através de lamentações, choros, jejum e martírios para o deus Tamuz – a fim de renovar seus favores – para que ele saísse do centro da terra, terminasse o inverno e causasse o início da primavera.

De acordo com as antigas lendas, o deus Tamuz tinha quarenta anos quando foi morto por um porco selvagem.

Assim que quarenta dias – um para cada ano que viveu na terra – foram escolhidos para “chorar pelo deus Tamuz”.

A realização desse período em honra a este deus não era conhecida somente na Babilônia, mas também pelos fenícios, pelos egípcios e por uma época, inclusive entre o povo escolhido por Deus quando caiu em apostasia.

Quarenta dias de abstinência ou Quaresma era conhecido e praticado pelos adoradores do demônio no Curdistão, pelos que herdaram o costume da primavera de seus mestres, os babilônios. Este costume era conhecido também entre os pagãos mexicanos, os quais costumavam fazer “jejum de quarenta dias em homenagem ao sol”. “Entre os pagãos – disse Hislop – esta Quaresma parece ter sido indispensável antes do grande festival anual em memória da morte e ressurreição do deus Tamuz”.

Quando o paganismo e o cristianismo foram mesclados, pouco a pouco a Quaresma pagã foi unida à igreja que a praticava. Era alegado que isso servia para honrar a Cristo e não aos deuses pagãos.

Durante o século 7, o papa instituiu oficialmente a Quaresma, chamando-a “Festa Sagrada” e sacramento [tornando oficial] ela ao povo, instituindo o ato de não comer carne durante este período.

Naturalmente, as pessoas que não entendem o mistério contido em tudo isto, pensam que o período da Quaresma e os dias de “abstenção” são de origem cristã. A verdade é que a Bíblia e a história antiga ensinam o contrário.

No catolicismo, na Quaresma, é comum encontrarmos imagens cobertas por mantos de cor roxa: sentido de penitência

A quaresma tem seu inicio na quarta-feira de cinzas e seu término ocorre na Sexta-feira santa, até a celebração da Missa da Ceia do Senhor Jesus Cristo com os doze apóstolos... os católicos realizam a preparação para a Páscoa.

O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais. A quaresma vai a até a páscoa quando o Senhor ressucita.

Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência.

O roxo no tempo da quaresma não significa luto e sim simboliza que a igreja está se preparando espiritualmente para a grande festa da páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo.

Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.


Quarenta Dias

O tempo da quaresma é de quarenta dias, porém em dias corridos somam quarenta e sete pois, de acordo com o cristianismo, o domingo, que já é dedicado como o dia do Senhor, durante a quaresma não é contado.

Após esse período, se inicia o Tríduo Pascal, que termina no Domingo de Páscoa. Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades.

Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras.

Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer. Antes de iniciar sua vida pública, logo após ter sido batizado por João no rio Jordão, Jesus passou 40 dias no deserto.

Esse retiro de Jesus mostra a necessidade que ele teve em se preparar para a missão que o esperava.

Contam os Evangelhos que no deserto Jesus era conduzido pelo Espírito, o que quer significar que vivia em oração e recolhimento, discernindo a vontade de Deus para sua vida e como atuaria a partir de então.

No tempo que passou no deserto Jesus teve uma profunda experiência de encontro com o Pai. E, tendo vivido intensamente esse encontro, foi tentado pelo diabo.As tentações que Jesus viveu são apresentadas como aquelas que também os cristãos precisam viver.

É por isso então, que os cristãos realizam uma penitência de quarenta dias, chamada quaresma.

Àse gbogbo.

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