Exú possui muitos emblemas, como a laterita, imagens de madeira ou de barro sempre encimadas por uma lâmina ou ponta afiada, bastões fálicos, etc...
O Orixá Exú é o único dentre todos os demais, que tem seu campo de ação ilimitado, podendo atuar em todos os níveis da existência universal, permitindo por este motivo, que seja classificado tanto como Funfun como também como Ebora, tamanho é o seu poder de agir livremente.
Exú é um só, embora possa manifestar-se de diversas e diferentes formas, sempre de acordo com a função que esteja exercendo, o papel que esteja desempenhando.
Deus dos desvalidos, protetor de ladrões, arruaceiro, saltimbanco e mágico por excelência, assim é Exú, que só é coerente com sua própria incoerência e cuja fúria se aplaca com facilidade, mas que não conhece o perdão nem a piedade.
Exu pode fazer as coisas mais incríveis e este seu atributo se exprime em trechos de seus orikís, conforme cita Pierre Verger:
"Exu faz o erro virar acerto e o acerto virar erro.
É numa peneira que ele transporta o azeite que compra no mercado; o azeite não escorre desta vasilha.
Ele matou um pássaro ontem, com uma pedra que só hoje atirou.
Se ele se zanga, pisa nessa pedra e ela põe-se a sangrar.
Aborrecido, ele senta-se na pele de uma formiga.
Sentado, sua cabeça bate no teto; de pé, não atinge nem mesmo a altura do fogareiro."
Àse gbogbo.
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